Pensamento e Mudança

O que são conceitos?

Um conceito é a ideia que construímos para dizer o que é cada coisa (substância, qualidade e ação). Desenvolvemos conceitos sobre nós, sobre os outros e sobre o mundo. Temos uma ideia em nossa mente referente a cada coisa que conhecemos; entretanto, a construção dos conceitos sofre influências: da nossa história, dos nossos familiares, do meio onde vivemos, da educação, da escola que tivemos, ou seja, de tudo o que fez ou faz parte da nossa vivência.

A formação dos conceitos ocorre desde muito cedo, pois, mesmo antes de saber falar, uma criança já tem ideias e pensamentos sobre o que vive, mesmo que não consiga, ainda, expressá-los em sons para que sejam codificados em palavras.

A formação do pensamento

Quando relacionamos os conceitos, fazemos juízos, por exemplo: tomate é vermelho. São três conceitos: tomate - que é uma coisa/substância; é – que corresponde a um verbo ou ação; e vermelho - uma qualidade ou adjetivo. Essa relação (conceito – juízo) constrói o raciocínio que, de forma abrangente, é o pensamento.

O pensamento é fator determinante

A ideia de se autoconhecer está relacionada com ter consciência sobre o que pensamos, ou seja, verificar os conceitos que se tem sobre si mesmo, sobre o mundo e sobre os outros. 
Pensar sobre isso é algo desgastante ao cérebro. Em um primeiro momento podemos ter dificuldades para reconhecer nossos pensamentos, mas é uma habilidade que pode ser desenvolvida. Quanto mais você treinar pensar sobre sua autoconciência, mais fácil e rápido se torna.
O exercício seguinte possibilita a você conhecer o que pensa sobre alguns aspectos. Complete as seguintes frases:

A vida para mim é ...?

Eu sou uma pessoa ...?

Meu trabalho é ...?

Após escrever sobre esses temas, ou outros do seu interesse, escolha os que estão mais carregados de emoções. Pergunte-se sobre o que escreveu.
É verdade? É útil? É bom? Esses são os três filtros que o filósofo Sócrates usava frequentemente em seu dia a dia.

Educar os pensamentos para as mudanças

Nossos conceitos, juízos e pensamentos têm a necessidade de serem ajustados para lidar com mudanças, pois nunca, em tão pouco tempo, tivemos tantas alterações no modo de vida e tantas possibilidades nas mais diversas áreas: pessoais, profissionais, econômicas, sociais e familiares. Nosso pensamento demanda por se manter operacional a essas mudanças; assim, a natureza cerebral tem a propensão de dar sentido e entendimento ao mundo, a si, aos outros e ao novo. Porém, para isso acontecer, precisamos aceitar a mudança e os novos fatos. Aceitar, nesse caso, não significa concordar, mas ver de uma forma mais imparcial e menos emotiva aquilo que nos ocorre; essa maneira tende a ser mais prática, possibilitando que um novo ajuste aconteça mais facilmente.

Como agir diante das mudanças

Podemos chamar de movimento adaptativo e funcional a flexibilidade de construir novos conceitos, juízos e raciocínios para novos fatos. Essa flexibilidade é essencial para trazer mais  possibilidades ao invés de problemas e preocupações.

Em síntese, a resistência contra a força de mudança promove novas dificuldades. O mais adequado é aceitarmos aquilo que não podemos mudar, sem concordar ou ser cúmplice com o que nos é estranho, mas manter-se funcional para se ajustar à nova demanda. Aceitar a transição e o novo é parar de dar socos contra ponta de faca. Então, por que não aceitar a mudança?

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